o que é avaliação fisica?


TREINAMENTO FUNCIONAL, EXERCÍCIO TERAPÊUTICO, FORTALECIMENTO MUSCULAR,AVALIAÇÃO FÍSICA, LESÃO MUSCULAR, RECUPERAÇÃO DA SAÚDE.

quinta-feira, 24 de março de 2011

TREINAMENTO FÍSICO E VALE TUDO

Atualmente, as artes marciais é uma atividade com bastante procura nas academias, devido a disciplina, motivação e a variação dos treinamentos. O marketing com a publicidade no mercado televisivo como ( UFC) fez as modalidades como MUAY-THAI e JIU-JITSU aumentarem a adesão de alunos em busca de performance física e saúde.As lutas são esportes que utilizam movimentos específicos para o rendimento físico com gasto calórico elevado, devido a necessidade de adequar um condicionamento especial para os gestos motores, há uma variação da frequência cardíaca e pressão arterial, muitas vezes, o indivíduo não está preparado para está situação, levando-o à hipoglicemia e à hipotensão postural durante o treinamento, caso não tenha o condicionamento adequado para a modalidade.

A capacidade física na luta é o fator primordial para a qualidade técnica do lutador, onde a força, potência, velocidade, agilidade, coordenação, resistência , flexibilidade devem ser trabalhadas em conjunto, buscando o equilíbrio do corpo. O aluno para obter um desempenho adequado na atividade física, no aspecto saúde, necessita uma avaliação física para um maior controle de intensidade no seu treinamento, buscando a maximização de seu resultado de uma forma eficaz e equilibrada, pois não adianta “SER FORTE E NÃO POSSUIR VELOCIDADE.”

No atleta, deve o profissional ( treinador) diminuir o déficit de força entre os menbros inferiores, buscando um equilíbrio muscular com exercício de arranco, arremesso, agachamento, puxada alta através de uma periodização de treinamento. Utiliza-se o método inverso observando o grau de desiquilíbrio muscular nas articulações do ombro, quadril e punho. A base do exercício para melhorar o rendimento na arte marcial é a musculação com período de 05 semanas na adaptação e após, controle de carga através das intensidades, visando a superação de seus limites, através de teste de 1 RM.Assim, a importância do exercício aeróbico contínuo para o atleta de luta é fundamental, pois quanto mais oxigênio na corrente sanguínea menor será a entrada de hidrogênio na musculatura, causando retardo da fadiga muscular.É importante o treinador aumentar a força relativa do atleta devido a especificidade da luta, tornando-o mais forte fisicamente.

por Prof. Luiz Alceu Santos Cidreira - Fisiologista do exercício

domingo, 13 de março de 2011

PESQUISADORES CRIAM UM NOVO ÍNDICE PARA CALCULAR A OBESIDADE

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O Índice de Massa Corporal (IMC), usado para medir o grau de magreza ou obesidade de uma pessoa, tem quase 200 anos de idade e defeitos.

Oito pesquisadores liderados por Richard Bergman, da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, criaram “Um Índice Melhor de Adiposidade do Corpo”. Esse é o título do artigo científico em que descrevem o método, na revista médica “Obesity”.

O novo método chama-se Índice de Adiposidade Corporal (IAC) e usa uma equação e apenas duas medidas -a circunferência do quadril e a altura da pessoa- para chegar à porcentagem de gordura no corpo.

O método tradicional de calcular é obtido ao se dividir o peso da pessoa em quilos pelo quadrado de sua altura em metros. [veja ilustração]

O velho índice foi criado em 1832 pelo matemático e astrônomo belga Lambert Adolphe Jacques Quetelet (1796-1874). O Índice de Quetelet foi rebatizado de IMC em 1972, e depois adotado pela Organização Mundial de Saúde como um método simples de medir a obesidade.

Só para maiores

O IMC é impreciso, pois não leva em conta o sexo ou a massa muscular (mulheres têm mais gordura; e músculos pesam mais que gordura). Também não é adequado para menores de 18 anos.

Saber a prevalência de obesidade em uma população é importante em termos de saúde pública. Trata-se de fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e câncer.

Por exemplo: estudo com 24.508 pessoas de 45 a 79 anos, no Reino Unido, revelou que 1.708 homens e 892 mulheres desenvolveram doença coronária cerca de nove anos depois.

Homens com as maiores cinturas em relação aos seus quadris tiveram 55% maior chance de desenvolver a doença; entre elas, o risco foi 91% maior.

Bergman e colegas testaram várias equações para checar qual corresponderia melhor à realidade. Eles tinham a porcentagem de gordura no corpo de duas populações estudadas antes, uma de 1.733 americanos descendentes de mexicanos, outra de 223 afro-americanos.

A gordura tinha sido medida por uma técnica de raio-X, a DXA (sigla em inglês para Absorciometria de Raios-x de Dupla Energia).

A fórmula conseguiu prever com precisão a gordura corporal nos casos acima de 20%; nos casos de gordura de 25% a 30%, a precisão foi total, erro de 0% na estimativa. Apenas nos casos de adiposidade abaixo de 10% a equação não foi tão precisa, indicando um erro de 17,4% a mais de gordura.

“O número de pessoas estudadas ainda é pequeno para generalizar para a população mundial”, diz a brasileira Rosana Radominski, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). “O percentual de gordura é muito relativo.”

Entre o grupo de mexicanos-americanos, o porcentual de gordura medido pela técnica DXA variava de 8,7% a 61,2% da massa corporal. “Acima de 32% já há excesso, 60% vai ser sempre negativo”, afirma Radominski.

Os extremos em saúde não costumam ser positivos. “Mas o porcentual pequeno de gordura em um atleta com massa muscular grande não é ruim”, diz a médica; afinal, músculo pesa mais, e o atleta tem boa saúde geral.

Já em uma adolescente normal, esse mesmo porcentual de gordura pode significar que a garota está subnutrida e até incapaz de menstruar, com risco grave de desenvolver anorexia.

Os autores do estudo reconhecem que é preciso mais medidas e de diferentes populações para validar o novo índice.


quarta-feira, 9 de março de 2011

SAÚDE CARDIOVASCULAR

Diário da Saúde

Apenas uma em cada 1.900 pessoas se encaixa dentro daquilo que a renomada Sociedade Americana do Coração (AHA) define como saúde cardiovascular ideal.

A conclusão é de um estudo feito por médicos da Universidade de Pittsburgh, publicado na revista especializada Circulation.

A chamada "saúde cardiovascular ideal" resulta da combinação de sete fatores:

1 - não fumar;
2 - índice de massa corporal inferior a 25;
3 - atividades físicas regulares;
4 - dieta saudável;
5 - colesterol abaixo de 200 sem tratamento;
6 - pressão arterial abaixo de 12 por 8;
7 - glicose em jejum abaixo de 100.

"De todas as pessoas que foram avaliadas, apenas uma em 1.900 poderia afirmar ter saúde cardíaca ideal," diz o Dr. Steven Reis, coordenador do estudo.

terça-feira, 8 de março de 2011

TREINAMENTO FUNCIONAL

Treinamento Funcional - Exercícios em Superfícies Estáveis e Instáveis

O treinamento funcional tem como objetivos melhora da propriocepção, equilíbrio e do acionamento dos músculos do core com intuito de diminuir a incidência de dores lombares e, provavelmente, o aparecimento de lesões (MONTEIRO E EVANGELISTA, 2010) podendo se executado em superfícies instáveis ou estáveis.

Alguns estudos também demonstraram diminuição da produção de força e potência durante a execução de séries em superfícies instáveis (McBRIDE et al. 2006). Dessa forma, recomenda-se a realização de exercícios em superfícies instáveis em conjunto com outras metodologias para desenvolver a força e a potência. Abaixo temos uma tabela que ilustra as principais evidências da literatura até o momento.

TABELA 1 - Comparação de benefícios do treinamento funcional em superfícies instáveis x superfícies estáveis (MONTEIRO E EVANGELISTA, 2010).

VARIÁVEL

ESTÁVEIS

INSTÁVEIS

FORÇA E ESTABILIDADE DO “CORE”

ATIVAÇÃO DE AGONISTAS

CO-ATIVAÇÃO DE ANTAGONISTAS

PRODUÇÃO DE FORÇA

PRODUÇÃO DE POTÊNCIA

MELHORA NA PROPRIOCEPÇÃO

REABILITAÇÃO DE DORES LOMBARES

PERFORMANCE ESPORTIVA

???

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MONTEIRO AG, EVANGELISTA AL. TREINAMENTO FUNCIONAL UMA ABORDAGEM PRÁTICA. PHORTE EDITORA. SÃO PAULO, 2009.

EFEITO DO ÁLCOOL NO ORGANISMO

Por que o excesso de álcool causa tantos danos?
Para entender como a ingestão de bebidas alcoólicas consegue causar danos a tantas partes do nosso corpo, é preciso explicar o processo de metabolização do álcool ou etanol, ou seja, como o nosso corpo absorve, metaboliza e excreta essa substância.

A médica Ana Cecilia explica que o órgão responsável por metabolizar o álcool é o fígado, e que ele só metaboliza em média uma dose de bebida alcoólica por hora - entenda uma dose como uma lata de cerveja (360ml), uma taça de vinho (100ml) ou de destilado (40ml).

Portanto, se tomarmos seis latas de cerveja, por exemplo, nosso fígado irá levar as mesmas seis horas para metabolizar todo o álcool presente em nosso corpo. "E enquanto o fígado metaboliza a primeira latinha, o resto do álcool fica circulando no sangue e intoxicando, causando alterações e danos em diferentes órgãos", explica Ana Cecília.

O órgão responsável por metabolizar o álcool é o fígado, e ele só metaboliza em média uma dose de bebida alcoólica por hora.

Sistema gastrointestinal
Quando bebemos uma cerveja ou uma caipirinha, o álcool logo é absorvido pelo nosso sistema gastrointestinal. Ele irrita as mucosas do esôfago e do estômago, alterando as membranas do intestino, prejudicando a absorção.

Os resultados podem ser esofagite, gastrite e até diarreia. Já no fígado, o álcool vai alterar a produção de enzimas, aumentando este conjunto de substâncias que serão responsáveis pela metabolização.

"É como se o álcool forçasse o trabalho do fígado, que fica sobrecarregado", diz Ana. "O fígado passa a produzir mais enzimas para metabolizar o etanol e isso culmina com uma inflamação crônica e hepatite alcoólica, podendo evoluir para cirrose", completa.

Sistema nervoso central
Quando abusamos das bebidas alcoólicas, o sistema nervoso, ou seja, nosso cérebro é afetado logo após a ingestão da segunda dose. Homens apresentam alterações na percepção da realidade e do comportamento logo após a segunda dose, e mulheres já na primeira.

De acordo com a especialista Ana Cecilia, os sintomas decorrentes da presença de álcool no sistema nervoso são: problemas de atenção, perda da memória recente, perda de reflexo, perda do juízo crítico da realidade. Com o aumento da dose, sonolência, anestesia e, no grau mais elevado, o coma alcoólico.

"O coma é um grau de intoxicação grave, por ação direta do etanol no sistema nervoso central e em outros sistemas orgânicos", diz Ana Cecilia. Quando isso acontece, é muito importante procurar socorro médico. Se o corpo não conseguir se recuperar do coma, pode haver parada respiratória, podendo levar à morte.

A reversão do quadro inclui medidas gerais para manutenção da vida, que vão desde oxigenação, hidratação, correção da glicemia, do magnésio e do zinco, entre outros cuidados que podem variar de caso para caso.

Sistema renal
Os rins são responsáveis pela filtração final do etanol, de apenas 6% da substância. Mas quando abusamos das bebidas, o etanol altera a capacidade dos rins de filtrar as substâncias do nosso corpo, causando uma alteração dos hormônios que controlam a pressão arterial, o que culmina em hipertensão arterial.

Pulmões
Como o sangue passa pelos pulmões para efetuar as trocas gasosas, nem esse órgão fica livre dos efeitos do álcool. "O etanol deixa as trocas gasosas mais lentas, pois os pulmões recebem um sangue muito sujo", conta Ana Cecilia.

O resultado disso é uma respiração mais lenta, fazendo a pessoa sentir dificuldades para respirar. É por isso também que o bafômetro capta o álcool ingerido, que ainda está circulante.

Sistema cardiovascular
A ingestão de bebidas alcoólicas favorece a liberação de dopamina no cérebro. Este hormônio neurotransmissor é responsável pela regulação de outras substâncias que, por sua vez, regulam o sistema cardiovascular.

Isto significa uma possível alteração da pressão arterial, da frequência cardíaca e depois, dos vasos sanguíneos. A taquicardia e a hipertensão arterial são as consequências mais comuns.

Sistema muscular
É o sistema nervoso central o grande responsável por movimentar nossos músculos. A médica especialista da Abead explica que além da alteração central causada pelo álcool, que deixa as mensagens que chegam aos músculos mais lentas, as ligações nervosas periféricas são comprometidas, e a sensação é de relaxamento.

Sistema hormonal
Ninguém escapa da ação do etanol e, portanto, as glândulas também têm seus produtos, no caso os hormônios, alterados. Porém, são as pessoas que já apresentam doenças de alteração hormonal, como diabetes, que sentem com mais intensidade os danos físicos pela ingestão de bebidas alcoólicas.

sexta-feira, 4 de março de 2011

CORAÇÃO FEMININO

Novos cuidados com o coração feminino

Associação Americana de Cardiologia anuncia a inclusão de mais fatores de risco.
Agora, diabetes na gravidez está incluída na lista de ameaças.

Isto É - Independente

A Associação Americana de Cardiologia, referência mundial em saúde do coração, tem se empenhado em mostrar que as doenças cardiovasculares não são exclusividade dos homens. A Organizaçõa Mundial da Saúde (OMS) já alerta que essas doenças são a principal causa de morte de mulheres no mundo.

Para facilitar o diagnóstico e a prevenção entre o público feminino, a associação americana divulgou, na última semana, novas diretrizes. No documento, ampliou a lista de fatores de risco, contestou a eficiência de procedimentos preventivos e chamou a atenção para a responsabilidade compartilhada entre médico e paciente na adesão ao tratamento. “Se o cardiologista não pergunta à mulher se ela está tomando o medicamento regularmente ou se conseguiu aderir a hábitos saudáveis, o problema continua”, avalia Lori Mosca, diretora da entidade. As orientações deverão ser seguidas por cardiologistas de todo o mundo.

Ponto de destaque na revisão, a inclusão de novos fatores de risco contempla agora enfermidades tipicamente femininas. Quem teve complicações na gravidez (diabetes gestacional e hipertensão induzida pela gestação) ou tem artrite reumatoide ou lúpus deve buscar um médico para evitar surpresas como a que aconteceu com a arquiteta Maria Ricciardi, 55 anos. Há 20 anos ela sofreu um infarto que assustou a todos. “Eu era nova e era mulher. Quando aconteceu, se falava pouco de infarto feminino.” À época, o único hábito de risco identificado foi o cigarro. Porém, ela também havia tido hipertensão na gravidez – problema que a associação acaba de incluir como fator de risco. Nesta categoria, aparece agora também a depressão. Uma das razões é o fato de a doença prejudicar a capacidade da mulher de se cuidar e até mesmo de seguir orientações médicas – ameaças ao coração.

No documento, também estão indicadas medidas de prevenção que ainda carecem de comprovação, de acordo com a associação. Entre elas estão a terapia de reposição de estrógeno (hormônio feminino que tem papel protetor do coração) e a suplementação com substâncias antioxidantes, como a vitamina E (leia mais no quadro).

O esforço da associação americana é reunir conhecimentos da prática médica para preencher a lacuna existente nas pesquisas científicas. A presença de mulheres em estudos sobre doenças cardiovasculares é recente – começou na década de 90. E ainda segue insatisfatória. “Os testes com os remédios anticoagulantes e para o desenvolvimento do stent, por exemplo, foram feitos em voluntários do sexo masculino”, diz Elizabeth Alexandre, da Sociedade Brasileira de Cardiologia e médica do Instituto Dante Paz­zanese, de São Paulo. “A ciência precisa mostrar se os be­nefícios das terapias são os mesmos para mulheres e homens”, avalia Lori. O ponto-chave para isso é entender melhor a influência das variações hormonais da mulher na saúde cardiovascular, em especial na puberdade, gravidez e menopausa.

À medida que a medicina avança, novas informações têm sido levantadas. A associação com o câncer é um exemplo. “A Sociedade Brasileira de Cardiologia publicará, em alguns meses, uma diretriz ligando o tratamento contra o câncer às doenças cardiovasculares”, diz Evandro Tinoco, diretor clínico do hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro. Prevenir, nesses casos, pode ser decisivo. Foi o que percebeu a fotógrafa Lenira Carrilho, 51 anos. Dois meses depois de iniciar a quimioterapia por causa de um tumor de mama, ela viu sua pressão arterial aumentar a níveis alarmantes e teve de começar a usar medicamento para controlá-la. “Por sorte havia sido alertada sobre esse risco”, afirma.

Nas recomendações divulgadas pela entidade americana, há ainda a ênfase em tornar mais fácil a adoção de bons hábitos de saúde. “O documento foi um puxão de orelha nos médicos”, considera o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, vice-diretor clínico do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Muitos especialistas geram demandas para as pacientes que elas não conseguem cumprir.”

De fato, esse é um dos principais empecilhos a mudanças no estilo de vida. Sem saber, por exemplo, como incluir no dia a dia a atividade física, a pessoa desiste de tentar. Por isso, os médicos americanos orientam que não é preciso passar horas na academia: 150 minutos por semana de exercícios moderados, como uma caminhada acelerada, bastam. Ou seja, cerca de 20 minutos por dia. .

HIPOTIROIDISMO AFETA OS ATLETAS

Especialistas em fisiologia do esporte afirmam que o hipotireoidismo prejudicaria Ronaldo mesmo que o jogador tivesse se submetido a tratamento com hormônios. “A maioria dos afetados consegue levar vida normal com a reposição, mas para um atleta de alto rendimento a exigência é maior. Isso somado ao histórico de lesões de Ronaldo torna a situação muito desfavorável”, declarou o fisiologista Carlos Herdy.

Além de dificultar a perda de peso e o ganho de massa muscular, o hipotireoidismo aumenta o cansaço e dificulta a concentração. A doença é causada pela disfunção na glândula tireoide, localizada no pescoço, responsável por produzir hormônios que regulam o metabolismo e o funcionamento dos órgãos. O problema é cerca de seis vezes mais comum em mulheres e em 95% dos casos tem origem autoimune.

Para Ricardo Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o hipotireoidismo não foi a causa da aposentadoria do Fenômeno, mas foi um dos fatores que precipitaram a decisão. “A gente sabe, por experiência, que os atletas não param por um único motivo. Ronaldo já tinha problemas nos joelhos, já estava com uma certa idade. Não parou por isso (hipotireoidismo), mas com certeza o problema pesou.”

Uma das primeiras declarações na entrevista coletiva de ontem, na qual falou da aposentadoria, foi justamente sobre o peso. “Há quatro anos, descobri, no Milan, que sofria de um distúrbio que se chama hipotireoidismo, distúrbio que desacelera o metabolismo, e para controlar isso teria de tomar uns hormônios que no futebol seriam doping. Então muitos aqui devem estar arrependidos de terem feito chacota do meu peso.” Médicos do esporte, no entanto, dizem que os hormônios usados no tratamento não estão na lista de substâncias proibidas. E, mesmo que estivessem, Ronaldo poderia conseguir autorização para utilizá-los.

quinta-feira, 3 de março de 2011

NUTRIÇÃO E CONTROLE ALIMENTAR

NUTRIÇÃO

TABELA DE ÍNDICE GLICÊMICO

O índice glicêmico é um indicador baseado na habilidade da ingestão do carboidrato (50g) de um dado alimento elevar os níveis de glicose sanguínea pós-prandial, comparado com um alimento referência, a glicose ou o pão branco.

- O corpo não absorve e digere todos os carboidratos na mesma velocidade;
- O índice glicêmico não depende se o carboidrato é simples ou complexo. Ex: o amido do arroz e da batata tem alto índice glicêmico quando comparado c/ o açúcar simples (frutose) na maçã e pêssego, os quais apresentam um baixo índice glicêmico.
- Fatores como a presença de fibra solúveis, o nível do processamento do alimento, a interação amido-proteína e amido-gordura, podem influenciar nos valores do índice glicêmico.

Alimentos de alto índice glicêmico (> 85)
Alimentos de moderado índice glicêmico (60-85)
Alimentos de baixo índice glicêmico (<>

ALIMENTO

IG

ALIMENTO

IG

Bolos

87

Cuscus

93

Biscoitos

90

Milho

98

Crackers

99

Arroz branco

81

Pão branco

101

Arroz integral

79

Sorvete

84

Arroz parboilizado

68

Leite integral

39

Tapioca

115

Leite desnatado

46

Feijão cozido

69

Iogurte com sacarose

48

Feijão manteiga

44

Iogurte sem sacarose

27

Lentilhas

38

All Bran

60

Ervilhas

68

Corn Flakes

119

Feijão de soja

23

Musli

80

Spaguete

59

Aveia

78

Batata cozida

121

Mingau de aveia

87

Batata frita

107

Trigo cozido

105

Batata doce

77

Farinha de trigo

99

Inhame

73

Maçã

52

Chocolate

84

Suco de maçã

58

Pipoca

79

Damasco seco

44

Amendoim

21

Banana

83

Sopa de feijão

84

Kiwi

75

Sopa de tomate

54

Manga

80

Mel

104

Laranja

62

Frutose

32

Suco de laranja

74

Glicose

138

Pêssego enlatado

67

Sacarose

87

Pêra

54

Lactose

65

RECOMENDAÇÕES GERAIS DE CARBOIDRATO PARA PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA:
· Atletas que treinam intensamente diariamente devem ingerir de 7-10g de carboidratos/kg de peso/dia ou 60% do VCT (Burke & Deakin, 1994);
· Pessoas que se exercitam regularmente deveriam consumir de 55 a 60% do total de calorias diárias sob a forma de carboidratos e indivíduos que treinam intensamente em dias sucessivos, requerem de 60 a 75% (ADA, 2000);
· 6-10g de carboidrato/kg/dia (ADA, 2000).

RECOMENDAÇÕES DE CARBOIDRATO PARA ATIVIDADES DE FORÇA:
· 55 a 65% (ADA, 2000)
· Kleiner (2002): 8,0-9,0g/kg de peso/dia (manutenção), 8,0-9,0g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular) e 5,0-6,0g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular e redução do percentual de gordura ao mesmo tempo)

RECOMENDAÇÕES PRÉ-EXERCÍCIO
- nas 3-4 horas que antecedem:
· 4-5g de carboidrato/kg de peso
· 200-300g de carboidrato (ADA, 2000)
Objetivo 1: permitir tempo suficiente para digestão e absorção dos alimentos (esvaziamento quase completo do estômago)
Objetivo 2: prover quantidade adicional de glicogênio e glicose sanguínea
Objetivo 3: evitar a sensação de fome
OBS: geralmente consiste em uma refeição sólida

Diferente dos efeitos contraditórios da ingestão de carboidratos 30 a 60 minutos antes do exercício, a eficiência desse consumo 3 a 6 horas antes do exercício no rendimento físico é observada, em função de haver tempo suficiente para síntese de glicogênio muscular e hepático e a disponibilidade de glicose durante a realização do exercício. Preservar este período de tempo também favorece o retorno dos hormônios, especialmente insulina, as concentrações fisiológicas basais (El Sayed et al., 1997).

- 1 hora antes: 1-2g de carboidrato/kg de peso
OBS: dar preferência aos repositores energéticos líquidos
Objetivo: são de mais fácil digestão

Após uma refeição contendo carboidratos, as concentrações plasmáticas de glicose e insulina atingem seu pico máximo, tipicamente entre 30 - 60 minutos. Caso o exercício seja iniciado neste período, a concentração plasmática de glicose provavelmente estará abaixo dos níveis normais. Isto acontece possivelmente devido a um efeito sinergético da insulina e da contração muscular na captação da glicose sangüínea (Jeukendrup et al ,1999).

Durante o exercício a disponibilidade da insulina para a captação de glicose é muito pequena. Estudos indicam que o aumento da velocidade de transporte com o aumento da atividade contrátil relaciona-se com a maior ativação de transportadores de glicose que, no caso do músculo esquelético, é o GLUT4 (Júnior, 2002).

A magnitude da captação de glicose pelo músculo esquelético está relacionada com a intensidade e a duração do exercício, aumentando proporcionalmente com a intensidade.

É válido consumir carboidrato 1 hora antes do exercício?

Dentre os estudos que analisam os efeitos do consumo dos carboidratos glicose, frutose e polímeros de glicose, 1 hora antes de exercícios, realizados a uma intensidade de 70% a 80% do VO2 max., encontraram efeitos negativos: Foster et al. (1979); nenhum efeito: Mc Murray et al. (1983), Keller & Schgwarzopf (1984), Devlin et al. (1986) e Hargreaves et al. (1987); e, finalmente, efeitos positivos foram relatados por Gleeson et al. (1986); Okano et al. (1988) e Peden et al. (1989).

Qual a melhor fonte de carboidrato a ser utilizada 1 hora antes do exercício?

Thomas et al. (1991), compararam as respostas bioquímicas e fisiológicas de ciclistas treinados que ingeriram a mesma porção de alimentos de alto índice glicêmico (glicose e batata) e de baixo índice glicêmico (lentilhas), 1 hora antes do exercício. A alimentação com baixo índice glicêmico produziu os seguintes efeitos: 1) nível menor de glicose e insulina 30 a 60 minutos após a ingestão, 2) maior nível de ácidos graxos livres, 3) menor oxidação de carboidratos durante o exercício e 4) período de realização do exercício 9 a 20 minutos maior que o tempo correspondente aos dos indivíduos que ingeriram a refeição de alto índice glicêmico.

Conclusão, devemos priorizar carboidratos de baixo índice glicêmico
Objetivo1: indivíduos suscetíveis a queda da glicemia não devem ingerir carboidratos de alto índice glicêmico para evitar a Hipoglicemia Reativa
Objetivo 2: níveis elevados de insulina inibem a Lipólise, o que reduz a mobilização de ácidos graxos livres do Tecido Adiposo, e, ao mesmo tempo, promovem aumento do catabolismo dos carboidratos. Isto contribui para a depleção prematura do glicogênio e fadiga precoce
OBS: o consumo de alimentos muito doces também podem provocar, enjôos e diarréia

- imediatamente antes (15 min antes): 50-60g de polímeros de glicose (ex. maltodextrina - carboidrato proveniente da hidrólise parcial do amido).

Segundo Coogan (1992) esta ingestão é similar à ingestão durante a atividade física e pode melhorar o desempenho.

RECOMENDAÇÕES DURANTE O EXERCÍCIO
- Quantidade:
· 30-60g de carboidrato/hora (ADA, 2000; Driskell, 2000);
· 0,7g de carboidrato/kg/hora (ADA, 2000)
· 40-75g de carboidrato/hora (El-Sayed et al., 1995)
Objetivo 1: manter o suprimento de 1g de carboidrato/minuto, retardando a fadiga em, aproximadamente, 15-30 min, por poupar os estoque de glicogênio
Objetivo 2: manter a glicemia, prevenindo dores de cabeça, náuseas, etc.

"A Gliconeogênese pode suprir glicose numa taxa de apenas 0,2-0,4g/min, quando os músculos podem estar consumindo glicose a uma taxa de 1-2g/min" (Powers & Howley, 200).

"A suplementação de carboidratos durante o exercício é muito eficiente na prevenção da fadiga, porém deve ser ingerida durante todo o tempo em que a atividade está sendo realizada ou, pelo menos, 35 minutos antes da fadiga devido à velocidade do esvaziamento gástrico" (El-Sayed et al.,1995).

Quando o consumo de carboidratos durante o exercício se faz necessário?

"Após 2 horas de exercício aeróbio de alta intensidade poderá haver depleção do conteúdo de glicogênio do fígado e especialmente dos músculos que estejam sendo exercitados" (Burke & Deakin, 1994; Mcardle, 1999)

Segundo Bucci (1989), o consumo de carboidratos durante a atividade física só aumentará efetivamente o rendimento se a atividade for realizada por mais de 90 minutos a uma intensidade superior a 70% do VO2 máx.

De acordo com Driskell (2000) o consumo de carboidrato parece ser mais efetivo durante atividades de endurance que durem mais de 2 horas.

O consumo de carboidratos durante o exercício parece ser ainda mais importante quando atletas iniciam a atividade em jejum, quando estão sob restrição alimentar visando a perda de peso ou quando os estoques corporais de carboidratos estejam reduzidos ao início da atividade (Neufer et al., 1987; ADA, 2000). Nestes casos, a suplementação de carboidratos pode aumentar o rendimento durante atividades com 60 minutos de duração.

Qual a melhor fonte de carboidrato a ser utilizada durante o exercício?

"Muitos estudos demonstram que glicose, sacarose e maltodextrina parecem ser igualmente efetivos em melhorar a performance" (Driskell, 2000)

Segundo a ADA (2000), o consumo durante o exercício deve ser, preferencialmente, de produtos ou alimentos com predominância de glicose; a frutose pura não é eficiente e pode causar diarréia, apesar da mistura glicose com frutose ser bem tolerada.

RECOMENDAÇÕES PÓS-EXERCÍCIO
- Quantidade:
· 0,7-3g de carboidrato/kg de peso de 2 em 2 horas, durante as 4-6 horas que sucedem o término do exercício;
· 0,7-1,5g de glicose/kg de peso de 2 em 2 horas, durante as 6 horas após um exercício intenso + 600g de carboidrato durante as primeiras 24 horas (Ivy et al., 1998);
· 1,5g de carboidrato/kg de peso nos primeiros 30 minutos e novamente a cada 2 horas, durante as 4-6 horas que sucedem o término do exercício (ADA, 2002);
· 0,4g de carboidrato/kg de peso a cada 15 minutos, durante 4 horas. Neste caso observa-se a maior taxa de recuperação do glicogênio, porém o consumo calórico acaba excedendo o gasto energético durante o exercício
Objetivo: facilitar a ressíntese de glicogênio

Segundo Williams (1999) durante 24 horas, a taxa de recuperação do glicogênio é de aproximadamente 5-7%/hora.

Qual o melhor intervalo de tempo para o consumo de carboidrato após o exercício?

O consumo imediato de carboidrato (nas primeiras 2 horas) resulta em um aumento significativamente maior dos estoques de glicogênio. Assim, o não consumo de carboidrato na fase inicial do período de recuperação pós-exercício retarda a recuperação do glicogênio (Ivy et al., 1988). Isto é importante quando existe um intervalo de 6-8 horas entre sessões, mas tem menos impacto quando existe um período grande de recuperação (24-48 horas). Segundo a ADA (2000) para atletas que treinam intensamente em dias alternados, o intervalo de tempo ideal para ingestão de carboidrato parece ter pouca importância, quando quantidades suficientes de carboidrato são consumidas nas 24 horas após o exercício.

Qual a melhor fonte de carboidrato a ser utilizada após o exercício?

A recuperação dos estoques de glicogênio pós-exercício parece ocorrer de forma similar quando é feito o consumo tanto de glicose quanto de sacarose, enquanto que o consumo de frutose induz uma menor taxa de recuperação. Conclusão, devemos priorizar os carboidratos de alto índice glicêmico (Burke & Deakin, 1994).

Fonte:
Apostila: Nutrição aplicada à atividade física - autora: Profa. Letícia Azen - Consultora em Nutrição CDOF
FAO/OMS. Carbohydrates in Human Nutrition, 1998.

ALONGAMENTO E CORRIDA

Pesquisa americana mostra que exercícios preparatórios não evitariam lesões em pessoas que praticam corrida

Rio - Fazer alongamento antes de iniciar uma corrida não evita a ocorrência de lesões musculares. Pelo menos é o que diz uma pesquisa da Universidade de Washington, nos EUA, que analisou os efeitos da corrida tanto em pessoas que não se alongam quanto em outras, que fazem os exercícios.

O estudo contou com três mil voluntários, que corriam menos de 16km por semana. Durante três meses, metade deles se alongava por até cinco minutos antes da atividade física. O restante correu sem se alongar. Nos dois grupos, a proporção de atletas que sofreu lesões foi parecida: 16% do total.

O ortopedista especializado em trauma do esporte Luis Fernando Funchal pondera: embora a pesquisa mostre que, para lesões de corrida, o alongamento não tenha influência, aquecer-se pode trazer outros benefícios.

Segundo ele, mesmo que não evite lesões, o alongamento antes de qualquer exercício físico deve ser mantido, pois trabalha outros aspectos que promovem a segurança do atleta. “Quem não gosta de fazer alongamento, vai ‘endurecendo’ e tende a sobrecarregar a junção do tendão com o osso de forma desnecessária. Quanto mais se alonga, mais elástica e flexível a pessoa se torna. Assim, a carga do exercício é melhor distribuída pelo corpo, se tornando menos prejudicial”.

Ainda segundo Funchal, a ocorrência de lesões na corrida não depende só de a pessoa se alongar ou não. “Outros fatores, como tipo de terreno onde se pratica a atividade, calçado e vestimenta inadequados, além das condições do ambiente e excesso de peso são fatores que também podem influenciar”, enumera o médico.

Outros benefícios

Toda atividades física tem 4 etapas — aquecimento, exercício, desaceleração e relaxamento. Alongamento é o início e o final, pois:

- Prepara a musculatura para a atividade física.
- Aumenta a concentração para o exercício.
- Dá maior conforto, pois evita a sobrecarga muscular, permitindo que o atleta faça menos força.
- Diminui a tensão entre tendões e estrutura óssea.
- Ajuda a relaxar a musculatura após a realização da atividade.

ref: boletim da Educação Física